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Um dos estados mais pobres dos EUA dá lições de intergeracionalidade

Horta comunitária do Stillman College, no Alabama, aproxima idosos de jovens. O Alabama é um dos estados norte-americanos mais pobres, ao lado de Mississipi e...

Um dos estados mais pobres dos EUA dá lições de intergeracionalidade
Um dos estados mais pobres dos EUA dá lições de intergeracionalidade (Foto: Reprodução)

Horta comunitária do Stillman College, no Alabama, aproxima idosos de jovens. O Alabama é um dos estados norte-americanos mais pobres, ao lado de Mississipi e Novo México. Quase 20% dos seus habitantes vivem abaixo da linha de pobreza, mas é de lá que vem uma iniciativa inspiradora, tema da terceira e última coluna sobre a quinta edição do Century Summit, realizado pelo centro de longevidade da Universidade Stanford. Nos EUA, uma em cada cinco pessoas vive em área rural, o que é sinônimo de menor oferta de serviços de saúde e, a reboque, de expectativa de vida. No entanto, o Stillman College, situado em Tuscaloosa e dirigido por Yolanda Page, decidiu abraçar uma missão para melhorar os indicadores sociais à sua volta. Horta comunitária do Stillman College Divulgação “A solução está no engajamento e na participação da comunidade, somando esforços e expertises”, afirmou a reitora. Como muitos locais são desertos de alimentos (a expressão é usada para caracterizar lugares onde a população não dispõe de comida saudável a preço acessível), a faculdade criou uma horta comunitária, que fornece produtos frescos para as escolas. Alunos do Ensino Fundamental aprendem a importância de uma alimentação saudável e levam essa informação para lares multigeracionais. Como os estudantes do Stillman College vêm das zonas rurais do Alabama e do Mississipi, há uma ênfase na formação de profissionais que possam vir a atuar na área de saúde pública – “quase uma linha de produção voltada para formar líderes e defensores de políticas em prol da comunidade”, descreveu Page. No curso de comunicação, os alunos registram a experiência de vida dos mais velhos. “Além de montar um arquivo de depoimentos, a convivência desenvolve a empatia dos jovens e faz com que tenham uma compreensão mais profunda da História da região e de suas raízes”, diz ela. Um bom exemplo desse esforço para ampliar os laços que unem as pessoas: idosos com habilidade de jardinagem podem fazer trabalho voluntário na horta comunitária, que vai abastecer as escolas, enquanto os universitários divulgam a iniciativa nas mídias sociais. “Trabalho com a ideia de uma utopia: acessibilidade, equidade e uma abordagem holística do que é o bem-estar de uma comunidade. Não se trata apenas de saúde física, mas de todos os determinantes sociais envolvidos na questão”, resumiu. Yolanda Page, reitora do Stillman College Divulgação Conheça a horta comunitária em Juazeiro do Norte